DIA DOS FILHOS: pai e mãe, não percam a proximidade com seus filhos!
Vale a pena o esforço para participar mais da vida deles!

Em diversas partes do mundo, é comemorado o Dia dos Filhos, como por exemplo, nos Estados Unidos, onde os norte americanos comemoram anualmente em 11 de agosto o National Son’s and Daughter’s Day (Dia Nacional do Filho e da Filha). Já em Portugal, este dia é comemorado em 23 de setembro. No Brasil não há uma data destinada a esta celebração, mas em razão da tradição portuguesa, o dia 23 de Setembro está se popularizando por aqui também.
Para falarmos sobre o surgimento desta data, é importante contextualizar como a sociedade atual lida com a criação de seus filhos. Vivemos atualmente uma enorme contradição, trabalhamos cada vez mais a fim de oferecer o melhor que pudermos aos nossos filhos ao ponto de não sobrar tempo para dar-lhes o que melhor temos que é participar da vida em família.
Isso acarreta numa criação de “filhos terceirizados”, que segundo o renomado pediatra Dr. José Martins Filho, professor da Unicamp e autor de diversos livros sobre este assunto, “as crianças terceirizadas são aquelas, em que suas criações são transferidas para terceiros pelos pais, onde estes acabam passando mais tempo em suas obrigações profissionais, do que para com seu filho”, e ainda segundo ele, esse “abandono” traz enormes consequências e faz surgir um adolescente afastado e sem vínculos com a família.
Neste link você pode ter acesso a uma entrevista do Dr. José Martins Filho sobre o assunto.
SABER DOSAR É ESSENCIAL!
A tecnologia é outro ponto bastante questionado quando o assunto é a relação de pais e filhos. De acordo com a pedagoga especialista em educação infantil, Carla Mendonça Lisboa, a ausência dos pais na criação de seus filhos tem se tornado cada vez mais típica, dando origem a uma geração de “filhos digitais”. Em um de seus artigos intitulado “Filhos Digitais? Pais Ocupados Demais!”, a pedagoga afirma que a tecnologia tem o poder de quebrar barreiras, no entanto, também é capaz de construir muros entre uma relação de pais e filhos.
A pedagoga defende que, há sim como inserir a tecnologia na criação de seus filhos, e para isso, saber impor limites quanto ao uso de aparelhos digitais de modo que seja favorecido o desenvolvimento de habilidade importantes para a vida dele é fundamental, não somente para a criança, mas também aos pais.
“Famílias que ficam só assistindo à TV ou cada um com seu celular enfraquecem seus vínculos”, reforça Elizabeth Monteiro, psicóloga e psicopedagoga, autora dos livros “Criando Filhos em Tempos Difíceis” e “Criando Adolescentes em Tempos Difíceis” (Summus Editorial).
TUDO TEM UM PREÇO
Quais as consequências disso?
O Dia dos Filhos surge de uma necessidade de destacar a importância da aproximação entre eles e os pais, levando em conta uma sociedade cada vez mais ocupada e com seu dia-a-dia cada vez mais resumidos em rotinas de trabalho. Os filhos têm passado menos tempo com seus pais, e cada vez mais tempo com babás, ou em atividades que o mantenham ocupados, originando assim, mais adolescentes, jovens e adultos desconectados com com suas famílias.
ISSO NÃO É O FIM! HÁ FORMAS DE REVERTER ESSA SITUAÇÃO.
De acordo com o médico psiquiatra e escritor de diversos livros sobre Educação Infantil, Içami Tiba, “os pais precisam saber da importância dos negócios, mas não viver para eles. Quem vive para os negócios não é dono de si mesmo, mas sim escravo deles.”
Todos concordamos que eles são a parte mais preciosa de nossas vidas, não é mesmo? Então vale o esforço de se dedicar para estar próximo deles e não perder nenhuma fase de suas vidas.
Até assistir TV pode se tornar uma atividade em família, como por exemplo, conversar sobre as cenas dos filmes e expor sua opinião ou destacar um momento do filme. Assim, ensinamos nossos filhos a avaliar as cenas segundo nossos princípios, bem como, abre-se uma oportunidade para percebermos a mentalidade e maturidade de nossos filhos.
Que tal fazer algo mais próximo de seu filho ou filha neste Dia dos Filhos?
Forte abraço, e como um bom Patrulheiro:
Sempre rumo ao Tesouro de Bresa e com muito Harbatol!